Olhei
Olhaste
Sorri
Sorriste
Estavas, entretida como um camaroeiro a deslizar pela esteira de uma aiola em pleno mar de Verão, amarraste-me de tal maneira que me partiste a espinha, sufocaste-me com as tuas linhas mecânicas, efusivas, distintas, agudas, sóbrias...separaste e queimaste tudo o que de mal tinha, todas as minha dores agora saradas.
Toquei
Tocaste
Apalpei
Apalpaste
Penetrei
Penetraste
Suguei
Sugaste
Estavas, segura e pura, molhada e quente, por fim fria, a sacudir-te como um lençol de seda indiano pendurado no estendal dessa tua vizinha espinha, enrugada e coberta de ferrugem. Assim foi a passagem pelo quadro de prata, a esmeralda quebrou, o brilho perdeu-se e o pincel cantou.