No canto escuro, lugar onde te sinto por perto,
No canto gélido, lugar onde corrumpes corações,
Debaixo, ajoelhados ao teu encanto sombrio,
Debaixo do olhar enganador reparo em ti.
Debaixo, a tua sombra de multidão
Escurecendo as cores vivas das almas de uns tristes.
Tu, que apertas o pouco que resta,
Tu, que te alimentas da benevolência ímpar,
Tu que dás a ilusão de algo inalcansável reforças a dor.
Na penumbra eu destaco-me,
Na imensa mancha de alcatrão seco eu quebro-te,
Lanço e relanço olhares coloridos de um coração puro
Apagando o teu caminho com humildade límpida,
Não corrupta ao interno sabor da crueldade,
Que invocas em nome da falsidade astuta.
- Deixai viver a morte contínua da qual me alimento...
Nunca estiveste tão perto de ser sacudida,
Como agora, momento estrábico da tua essência.
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