Ondas de lençol reabrem no mar
Na linha de água salpicos de ti
Pontos de tinta da china
Tocam-te nos seios hirtos
A sinalização a estibordo nota-se
Posição íntima revela nudez
O cargueiro penetra o porto
Gemidos cavernosos do teu remoinho
Limonada espumosa na rebentação
O fundo do mar mexe-se a teus pés
Abocanhas o norte da corrente
Gemendo e arranhando o costado
Engoles o caudal suavemente
Como pedaços de vidro colorido
Deslizando pelo umbigo infernal
Mais uma vez explorada e sentida, moves o pior dos mares numa profunda nostalgia...
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