Olhei para ti, tão melosa que estavas, desviei o olhar, silencioso.
Fechei os olhos e imaginei um circo, mas àquela hora da manhã não convinha fazer barulho, por isso tornei a abri-los.
Olhei para o tecto do quarto e vi uma imagem, era o Charlie Chaplin a preto e branco, fiquei logo bem-disposto.
Deixo-me adormecer...estou numa sala escura, vejo um palco, nele aparece um mágico com uma tela vazia e claro, a sua varinha mágica. Começa a pintura gestual de costas para mim mas emitindo uns sons estranhos, quase profundos. Passados uns minutos " plim " mostra-me a tela com uma foto, foto, essa em que estou velho, mas com um sorriso estampado na cara, um velho feliz portanto. Agradeço, bato palmas e acordo.
Olho para ela e oiço um " rom rom " como um acorde musical ordenado, e começa a lavar-se...que gata tão bonita.
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