O clima estava seco, arfava dentro do túnel, não via ponta de corno, fui avisado muitas vezes, mas estava-me nas tintas. Queria algo novo, não me importava com os meios a usar.
Tive uma vida modesta, simpática, sem muitos fervores, aturei este e aquela, e depois? Todos o faziam, era mais um além de tantos outros, mas não sei porquê, embirravam comigo.
Chamavam-me de “ O Anti-social “, não dava confiança a ninguém, não falava com ninguém, mas ainda assim, produzia mais que dois ou três juntos, cambada…já desconfiavam, tinha que me mudar, e para melhor.
A colisão foi directa, apanharam-me num dia de chuva e deram-me um enxerto de porrada. Filhos da puta, acabaram comigo, a indiferencia acabou por atingi-los, nada os fazia mudar de ideias, queriam sangue. A frieza na cara deles, era óbvia.
Agora, numa cama de hospital, nos cuidados intensivos, esperava por dias melhores, mas não em vida, mas sim em morte. O último som doce, era meu…
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