terça-feira, 4 de outubro de 2011

O Objectivo é...




De olhos fechados, abri a mente e viajei por entre o  espaço fundo e deixei-me levar. Acordo flutuando no que parece ser um colchão de penas, talvez de coruja branca, mas estas eram brilhantes.
Esse colchão leva-me pelo ar num túnel extenso e quente com mil cores espalhadas por toda a sua parede redonda, por fim chego a uma porta fechada. As penas desaparecem, abro a porta e uma explosão de tons brancos deixam os meus olhos tímidos ao pestanejar, mas eles reagem abrindo-se lentamente.
A paisagem paradisíaca é deveras calorosa, digna dos réis e rainhas. Sou transportado para uma ribeira onde te vejo pela primeira vez, a tua silhueta nua entra no rio, acenando, um sorriso de gozo estampado na tua face convida o meu desejo a te acompanhar. 
Uma pancada na cabeça transporta-me para dentro de água onde tu me abraças, me beijas, me tocas sem bolhas de ar flutuando acima dos nossos corpos. Sussurras no meu ouvido uma mariscada variada de sons deliciosos, fazes olhinhos de safada como se soubesses ao que venho.
Brincamos, ri-mos, sorrimos, trocamos mais um punhado de olhares e cravamos lábios em troca de doces. 
Desta vez a pancada é maior e tudo desaparece, está escuro por baixo de mim, mas à medida que levanto o queixo avisto o que parece ser uma coruja branca, sim, vem me buscar, agora montado em cima desta lindíssima espécie, nova viagem começa a uma velocidade incrível. Avista-mos o que parece ser um belo planeta azul...é a minha Terra. 
A coruja faz um voo picado e às tantas estou só agarrado a ela com as mãos, já nem estou sentado, o ar forte invade-me os pulmões à medida que descemos, neste instante a sua cabeça dá uma lenta volta de trezentos e sessenta graus, pisca-me o olho, sorrindo. O impacto acontece e um pouco depois, abro os olhos.


...é sonhar!