domingo, 16 de setembro de 2012

Dura

É a mensagem dos indignados, revoltados, pobres, fartos de papiros enfeitiçados com tinta nova que se deixam levar pela escrita antiga, a escrita da vergonha que passam dia após dia lambendo os selos e colando as cartas da mentira, da corrupção, da mecânica estruturada que parece não ter fim à vista. 
O Trol da oposição que tenta dar um jeitinho para lamber o chocolate que resta do fundo, um tacho com medida mas sem peso, o fundo imaginário do espaço que ocupamos neste pequeno universo, agora paralelo.
O Banana ganha asas e explora tudo à sua volta, levando consigo um cheiro fresco que enfeitiça os pobrezinhos e vira-os uns contra os outros, revoltados, magros...
A Cobaia é sempre a mesma que é exposta como um pedaço de carne num mercado negro, livre de impostos ou controlo da ASAE.
As memórias gordas ficaram para trás longe de todos, longe de tudo fechadas num cofre imaginário de um qualquer duende mágico. Pintam as paredes de cor negra, pálidos vestidos de figuras que são a sombra do país.

- Olá, eu sou o karma, estou confiante de que nos vamos entender a bom ritmo.

O stress paira na cabeça ao som de palavras em tom tranquilo, mas sem suor, sem lágrimas?

- Sintam a paz tranquila da minha consciência.

Dormes pouco com muito, nós não. Literalmente, ninguém te ouve...