segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Brincando com o ambiente...











O Libertador

Pessoas, passam por ele em tom de desprezo 
Não sabem quem é, ou o que fez da vida
Qual seria a sua história, não se sabe


E o artista pobre prolonga a sua música


Sentado de pernas cruzadas, sente o frio da calçada
A sua aparência não esconde, as dificuldades
Na cor da sua pele, dolorosas mazelas 
O seu corpo raquítico, semeia a fome


E o artista pobre prolonga a sua música


Poucos são aqueles que param, para ouvir a sua voz
Uma viola com duas cordas, gasta da luta
Luvas no chão, servindo de caixa de esmolas


E o artista pobre prolonga a sua música


Pedindo algum, sempre pedindo
Não para comer, nem para beber
O seu desejo interior, queria falar mais alto
A humilde revolta dentro de si, era agora sentida


E o artista pobre pára a sua música, soltando uma voz forte e pojante justificando, que o dinheiro seria para comprar novas cordas para a sua fiel, viola...


O seu desejo era tocar para sempre e seria essa a sua paixão, o destino encarregava-se do resto.