terça-feira, 16 de agosto de 2011

Crivada de Buracos

O seu metabolismo permitiu a muitos sonhar de olhos abertos com uma noite de sono. Um apogeu de convulsão ruidosa, Atchim era seu nome. 


Enfeitado com o seu encanto, conseguiu tirar o melhor de azeiteiro desvanecido. Dengoso era seu nome.


Conseguiu corar até as mais belas das orelhas que jamais se ouviu falar. talvez o mais pequeno de todos, sim porque a roupa estava sempre larga, Dunga era seu nome.


Abençoada mãe que consegue dar o fruto da felicidade àquele que nasceu, cheio de nata, inchado e de pé torto com cara de borrachão. Radiante a toda a hora, até dá vontade de lhe meter uma cena na boca, Feliz era seu nome.


Houve quem lhe chamasse vários nomes, era esperto que nem um Tomás da vidreira, mas isso é outra história. Apesar de obeso, tudo fazia, tudo comia. Mestre era seu nome.


Horários não era com ele, o cabrão estava sempre sonolento. Que virose mais estranha, permanente que agarra a pele para sempre e assim fica. Soneca era seu nome.


Este era o seu preferido, sempre de mau humor que nem um guizo cintilante à beira-mar, esperando por alguma atenção. Era o que criava sempre distúrbios no grupo. Zangado era o seu nome.


Todos eles com gorros que nem preservativos, todos eles enfiados na cabeça. Que tédio pavoroso se avizinhava para um qualquer comum apanhado de surpresa.


Este mundo alternativo pintado de negro e murcho, quis o destino usá-los numa experiência.


Sete foram escolhidos, estes sim, uns anões à maneira. Ainda hoje fechados numa cela, esperam por, Lama Preta. 
Todos os dias com amor, Lama Preta, vai ter com eles e dá-lhes um pouco do seu carinho, um par de tetas despidas de preconceitos são aliciadas para estes moribundos, mais parece um filme XXX de 5ª agonia.


A bruxa fez mal os cálculos, estava enfeitiçada.

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