quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Lobo Mau



Penduro um beijo na corda, à moda antiga
Acendo a lenha do desejo, e deito-me
Um cobertor, aconchega-me a parte despida
Oiço, o teu suspiro lá fora como um assobio matinal

Observo delicadamente os teus pés descalços
Recuas lentamente com um sorriso nos lábios, humedecidos
Imito um uivar que te arrepia a espinha, cauteloso
Colocas-te de gatas roçando o sofá, em tom de miau

Desabotoas a pele de gata, arfando, focinho delicado Tacteando o meu peito, subindo lentamente ao sentido e cada passo, memorizando os toques suaves da tua língua.
O cobrejão é dirigido ao meu orgão sexual e folhas pesadas penetram-te na raiz aromática, alisando os restos de ternura e deixando-te sucumbir.
Tuas garras afiadas excitam-me arduamente, elevando a fasquia a outro nível, com afecto e desgaste rebolamos pelo soalho como um só... 
A arena agora calma, despede-se com Sayonara às tuas últimas gotas de líquido espesso, a sua última censura aprova-as. 


Um copo de leite quente te espera...

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