quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Pranto

Quantas vezes dei por mim a soluçar, à espera de ouvir palavras de conforto, segurança, de forma a amenizar esta dor...


Tantas foram as gotas que derramei, não foram as suficientes ao te ver partir...


O aperto no estômago ditando as horas de fraqueza, em troca de insultos para uma sola gasta...


De que vale apertar a cerca do coração, se já não cavalgo de livre vontade, transpondo a vedação...


Partiste com mentiras e desejos falsos que outrora me pareceram credíveis, fórmula vazia e fria que há-de um dia atormentar-te...


O cérebro assimilou todas as palavras que cuspiste para o ar, rasgando o vento e perscrutando pelos meus ouvidos...


Pedacinhos do meu calor começavam a levitar, transformando-os numa pedra-pomes da rejeição, falta de autonomia cardíaca...


Momentos contidos, de silêncio forçado invadiam-me a angústia penetrando o meu ser, exprimindo a existência...


Enganado...por ser como sou, por ser quem sou, transponho assim os restos do que fui para vós...lágrimas soltas.

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